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A fase inicial da Série C e os acessos desde 2012

No formato atual, Terceirona segue mostrando que primeira fase vale menos que deveria.


Há pouco menos de cinco meses, aqui no NesF, relembramos a história do acesso do Paysandu à Série B de 2015. Naquele contexto, o time bicolor sofria durante a fase de grupos, com risco de não chegar ao mata-mata. No fim das contas, se classificou na quarta posição, tal qual em 2012 e em 2014. Mas a já histórica #GarfadaDosAflitos impediu a promoção da equipe. O Náutico, que não tem nada com isso, subiu e foi campeão da Terceirona, apenas a segunda vez que, no formato atual, um líder de grupo levou o título – coincidentemente, o outro foi o Santa Cruz, rival do Timbu, em 2013. O ponto, àquela altura, era justamente o fato de que, na Série C vigente desde 2012, a fase inicial é apenas uma peneira. Para um eventual acesso, o histórico mostra que importa pouquíssimo a liderança ou a dominância do grupo. O Fortaleza que o diga. O atual campeão da Segundona ficou quatro anos passando o trator em sua chave, sem subir.


Quando finalmente subiu, o Tricolor do Pici havia sido terceiro no seu grupo. Aos poucos, a tendência foi ficando clara para todos, em especial com relação aos líderes. Desde 2016, há pleitos de mudança no regulamento, transformando o mata-mata em quadrangular, octogonal, ou algo do tipo. Pelo menos até 2020, mais uma vez, isso não ocorrerá. E o pior: com a ampliação do torneio até novembro, por conta das datas FIFA, os clubes têm a mesma quantidade de jogos, a mesma perspectiva de receita, mas um período maior de investimento, incluindo contratos com jogadores. A verdade é que, cada vez mais e por diversos motivos, a Série C clama por mudanças. Porém, ao menos por enquanto, o regulamento seguirá o mesmo. E em 2020, mais uma vez, cada equipe terá 18 jogos que valem pouco, perto dos dois seguintes. Mais times, por exemplo, subiram após uma quarta colocação do que com a liderança. Veja os números:


4ª posição (9 acessos)

Paysandu (2012 e 2014)

Oeste (2012 – campeão)

Sampaio Corrêa (2013)

Macaé (2014 – campeão)

Brasil/RS (2015)

Juventude (2016)

Bragantino (2018)

Confiança (2019)


Renato Cajá, um dos destaques no acesso do Juventude, segundo colocado do Grupo B. (Arthur Dallegrave/EC Juventude)

3ª posição (6 acessos)

Chapecoense (2012)

Icasa (2012)

Tupi (2015)

Vila Nova (2015 – campeão)

Fortaleza (2017)

Cuiabá (2018)


2ª posição (10 acessos)

Luverdense (2013)

Vila Nova (2013)

Mogi Mirim (2014)

CRB (2014)

Boa Esporte (2016 – campeão)

ABC (2016)

CSA (2017 – campeão)

Operário/PR (2018 – campeão)

Juventude (2019)

Sampaio Corrêa (2019)


1ª posição (7 acessos)

Santa Cruz (2013 – campeão)

Londrina (2015)

Guarani (2016)

São Bento (2017)

Sampaio Corrêa (2017)

Botafogo/SP (2018)

Náutico (2019 – campeão)


A Série C de 2017 foi a única no formato atual em que nenhum dos quartos colocados conseguiu o acesso para a Segundona. A divisão dos 32 promovidos não é absurdamente desequilibrada, mas o cenário é muito eloquente, não só pelo fato dos líderes não chegarem nem perto de dominar. A luta pela quarta posição, que costuma ser tão acirrada na reta final, parece fazer com que as equipes cheguem ao mata-mata "pegando fogo" e eliminem os favoritos com muita frequência. Nos duelos entre segundos e terceiros, por exemplo, a impressão é similar, já que muitas vezes o terceiro lugar fica com equipes que terminaram a primeira fase em oscilação ou em baixa, ficando para trás na luta pela liderança. É a natureza do mata-mata, motivo pelo qual ele foi extinguido da Elite há mais de 15 anos, por exemplo. Antes, a Terceira Divisão era menos relevante, muitas vezes sequer transmitida. Agora, os problemas do formato só ficam mais gritantes, ano após ano.

 

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