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As quartas da Liga dos Campeões e seu seleto grupo

Números e o feito do Ajax: seis anos de ausência dos times de fora das seis grandes ligas.


As seis principais ligas europeias, tanto na história quanto em períodos mais recentes, são as de Espanha, Inglaterra, Itália, Alemanha, França e Portugal. A competição da terra dos gajos, às vezes, passa por períodos de menor sucesso, em especial desde que o coeficiente europeu começou a ser calculado no formato que é hoje. Apenas dois anos sem clubes entre os melhores do continente (como ocorreu em 2017 e 2018) e, rapidamente, o conceito sofre uma queda – no momento, o Campeonato Português está atrás do Russo, ainda que por pouco. No cômputo geral entre momento e história, no entanto, não há dúvida de qual deles é mais importante. Em alguns casos, até a liga da Holanda é inserida na discussão, integrando um top 7, embora mais pela história do que pela atualidade. O torneio foi gigante nos anos 1970 e teve momentos na década de 1990, mas desde então, sofre. Atualmente não está nem entre os dez de melhor coeficiente.


E é claro que, quanto melhor a liga, melhores os seus campeões e representantes, desde a antiga Copa Europeia. Apenas seis clubes de países fora do top 6 levantaram o caneco: Celtic, Feyenoord, Ajax, Steaua Bucareste, PSV e Estrela Vermelha. Retire os holandeses, caso queira, e sobram só três. Até chegar na final é complicado para os "intrusos". Na história, apenas seis vices não vieram do top 7. Ora, sequer há final com clube de fora das seis principais ligas desde 1996, com o vice do Ajax. Novamente, se incluir a Holanda no topo, seria necessário voltar a 1991, ano do título do Estrela Vermelha. Por outro lado, sem França e Portugal, fazendo um top 4 entre Espanha, Inglaterra, Itália e Alemanha, as quatro nações englobam todos os times finalistas desde 2005. O torneio sempre foi difícil; ser campeão continental precisa mesmo sê-lo. E o futebol europeu conseguiu, com o tempo, montar e consolidar sua elite.


Com tantos clubes gigantes e poderosos vindos dos principais países, o verdadeiro feito dos "intrusos", hoje em dia, é chegar às quartas de final da Liga dos Campeões, fase cujo sorteio foi realizado nesta sexta-feira (15). Ficar entre os oito melhores do continente, quando há seis (ou sete) ligas muito mais fortes, cada uma com múltiplos clubes postulando o título, é uma glória. A festa do Ajax, com a volta de um holandês às quartas após 12 anos, mostra isso. Assim, com foco nos clubes de fora do top 6, o NesF levantou a origem de todos os quadrifinalistas na história do formato atual da Liga dos Campeões, vigente desde 2003. Confira:


O cenário

16 temporadas

8 com todos vindo do top 6 (50%)

8 com um de fora do top 6 (50%)

Nenhuma com dois ou mais de fora do top 6 (0%)


Ziyech abraça Schöne e a torcida comemora: show do Ajax para cima do Real Madrid encerrou a sequência tricampeã dos espanhóis e fez história. (Divulgação/AFC Ajax)

Os gigantes

128 vagas totais

120 do top 6 (93,7%)

32 da Espanha (25%)

32 da Inglaterra (25%)

19 da Itália (14,8%)

17 da Alemanha (13,3%)

13 da França (10,1%)

7 de Portugal (5,5%)


Os intrusos

128 vagas totais

8 de fora do top 6 (6,3%)

3 da Holanda (2,3%)

2 da Turquia (1,6%)

1 do Chipre (0,8%)

1 da Rússia (0,8%)

1 da Ucrânia (0,8%)


Em destaque

2004/05 – PSV (foi às semifinais)

2006/07 – PSV

2007/08 – Fenerbahçe

2009/10 – CSKA Moscou

2010/11 – Shakhtar Donetsk

2011/12 – APOEL

2012/13 – Galatasaray

2018/19 – Ajax (vs Juventus)


Com o formato atual já abarcando mais de 25% de toda a história da competição, os números encontrados são eloquentes. E mostram exatamente que, do ponto de vista dos clubes de centros menores, as quartas são "a nova final". Ser campeão beira o impossível, mas se antes oito clubes fora do top 6 foram capazes de bater na trave, agora outros oito conseguem alcançar as quartas de final. Excluindo os holandeses, são cinco. Ficar entre os oito melhores é o sonho possível no cenário atual. E a presença do Ajax nas quartas, neste ano, encerra uma sequência de seis anos em que apenas espanhóis, ingleses, italianos, alemães e portugueses chegavam lá. Antes, tinham sido quatro temporadas seguidas com um Davi no meio de sete Golias. Em 2018/19, o Ajax já fez mais do que se imaginava e quebrou inúmeros tabus. O último semifinalista que não veio das seis principais ligas foi o rival PSV, em 2005. Será que chegou a hora?


 

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