Brasil vindo da pré-Libertadores: 80% nas oitavas
Se chegam ao grupo, brasileiros vão bem; otimismo ou pressão para São Paulo e Atlético/MG?

Neste meio de semana, a Libertadores começou para os clubes do Brasil. Na terça-feira (5), em Montevidéu, o Atlético/MG empatou com o uruguaio Danubio em 2 a 2 – um bom resultado, considerando que a competição continental ainda utiliza os gols fora de casa como critério de desempate. Já o São Paulo, na quarta-feira (6), foi atropelado pelos argentinos do Talleres, em Córdoba, por 2 a 0. Ambas as partidas foram válidas pela segunda fase do maior torneio da América do Sul, parte da qualificação antes da fase de grupos que, no Brasil, ficou conhecido como pré-Libertadores. Foram só os jogos de ida, mas o Galo e o Tricolor já levam bagagens muito diferentes para os confrontos decisivos da próxima semana. O objetivo, entretanto, é o mesmo: não entrar na seleta e inglória lista de brasileiros que não conseguiram avançar dos duríssimos playoffs da Libertadores para a muito mais nobre fase de grupos. E sendo justo, é até natural que essa lista cresça com o tempo.
É porque tem ficado cada vez mais difícil superar a pré-Libertadores, em especial a partir de 2017, quando ela deixou de ter uma única fase; hoje, são três, e os brasileiros jogam duas. Mesmo com isso, o aproveitamento tupiniquim é muito bom, inclusive após derrota na ida – presságio positivo para o torcedor são-paulino. Em 2012, o Flamengo perdeu para o Real Potosí fora de casa e virou o confronto. O Grêmio fez o mesmo no ano seguinte, avançando nos pênaltis contra a LDU. E em 2014, dobradinha de viradas com Botafogo e Athletico, diante de Deportivo Quito e Sporting Cristal, respectivamente. Ainda assim, destes exemplos, só o Grêmio de 2013 fez boa fase de grupos e se classificou para o mata-mata. Pois quando se fala em pré-Libertadores, o foco é quase sempre em chegar lá, não no que se faz uma vez classificado. Mas o NesF levantou até onde foram todas as campanhas dos brasileiros que participaram da fase de playoffs do torneio:
Pré-Libertadores
Corinthians (2011)
Chapecoense (2018)
Fase de grupos
Flamengo (2012)
Athletico (2014)
Botafogo (2014)
Vasco (2018)

Oitavas de final
Palmeiras (2005, 2006)
Goiás (2006)
Paraná (2007)
Cruzeiro (2008)
Grêmio (2011, 2013)
Internacional (2012)
São Paulo (2013)
Corinthians (2015)
Athletico (2017)
Quartas de final
Palmeiras (2009)
Cruzeiro (2010)
Botafogo (2017)
Semifinal
Santos (2007)
São Paulo (2016)
Um dos principais dados que os números mostram, claro, é que os clubes brasileiros conseguiram chegar até a fase de grupos 20 vezes em 22 tentativas: uma excelente taxa de 90,9% de sucesso. Além disso, dentre estas 20, apenas 4 caminhadas pararam já na fase de grupos. Nas outras 16 oportunidades, os times passaram no mínimo até as oitavas de final. Ou seja, 80% de classificação ao mata-mata. Só que o torneio vai afunilando e ficando cada vez mais competitivo... De todos os que chegaram nas oitavas, 68,75% caíram imediatamente. Foram 11 dos 16. Apenas 5, portanto, foram quadrifinalistas; e só 2 chegaram até as semifinais. Nunca houve, portanto, um finalista brasileiro que tenha vindo da pré-Libertadores. Os dois extremos são, por enquanto, as quedas precoces de Corinthians e Chapecoense, de um lado, e as ótimas campanhas de Santos e São Paulo, do outro. Em 2019, até onde você acha que o Atlético/MG e o próprio Tricolor podem chegar?
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