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Dupla Re-Pa: histórico visitante frágil na Série C

Remo volta a estrear vencendo e Paysandu foi bem em 2019, mas rivais sofrem no formato atual.


Ao estrear com vitória fora de casa, no Campeonato Brasileiro da Série C, o Remo quebrou escrita longa em sua história recente. O rival Paysandu, que empatou na estreia, mas em casa, vem de uma campanha muito positiva como visitante: foi o melhor de toda a Terceirona de 2019; por outro lado, foi o quarto pior mandante. Ao iniciar vencendo fora, ainda que com muito sofrimento, o Leão abre alas para tentar, quem sabe, fazer muito mais do que melhorar um simples retrospecto. Afinal, são nove partidas como visitante e todas valem os mesmos três pontos. E com o futebol na pandemia, as vantagens de ser mandante parecem diminuir para todos. O próprio Papão, um visitante indigesto no ano passado, nem sempre foi assim. Os dois gigantes, no formato atual da Série C (desde 2012), não costumam ir bem fora de casa na primeira fase. Em 2020, talvez enfim seja o momento para romper esta lógica.


Aqui faz-se recorte só da Terceirona por questão de isonomia, claro, já que o Remo tem campanhas na D e o Paysandu, na B. Mas 2020 é mesmo um ano simbólico para ambos no terceiro nível da liga nacional. É a quinta temporada seguida do Leão na Série C, após iniciar a década sem divisão e ter que subir; e também é o quinto ano do Papão na divisão nesta década, apesar de apenas a quarta vez no formato atual – em 2011, o regulamento era diferente. Ou seja, neste funcionamento em que cada clube joga 9 partidas fora de casa na fase inicial, a dupla Re-Pa já disputou sete anos completos pela Série C, incluindo a temporada passada, em que estiveram juntos. E o aproveitamento conjunto dos dois, como visitantes, é de 37%. Caso aplicado para todos os jogos, isso daria menos de 20 pontos; campanha de rebaixado ou de time que escapa por pouco. Veja abaixo os números detalhados que o NesF apurou:


Na primeira rodada, quem jogou fora foi o Remo. E na segunda, quem sai é o Paysandu. (Renan Oliveira/EC Jacuipense)

Remo

Total: 34,3% (8V, 13E, 15D)

2019: 44,4% (2V, 6E, 1D)

2018: 33,3% (3V, 0E, 6D)

2017: 25,9% (1V, 4E, 4D)

2016: 33,3% (2V, 3E, 4D)


Paysandu

Total: 40,7% (7V, 12E, 8D)

2019: 59,2% (4V, 4E, 1D)

2014: 33,3% (2V, 3E, 4D)

2012: 29,6% (1V, 5E, 3D)


É importante destacar, claro, que o Paysandu subiu duas vezes, em 2012 e em 2014, mesmo tendo o aproveitamento como visitante muito baixo. Em 2012, até no mata-mata o time perdeu todas fora de casa (os números acima são da primeira fase). Ou seja, é possível ser bem-sucedido mesmo tendo problemas para vencer em campo adversário. Porém, a margem de erro diminui e é preciso ser letal em casa, algo que será mais difícil sem o apoio do torcedor. Quando deixou escapar a classificação em 2017, o Remo perdeu jogos importantes no fim, para Salgueiro (fora) e Sampaio Corrêa (em casa). No ano anterior, empates com o mesmo Salgueiro e com o América/RN, em casa, não deixaram o time passar. É claro que o aproveitamento como visitante, via de regra, será menor que como mandante; seria injusto exigir o contrário. Mas depender demais de seus domínios só faz aumentar a pressão, tanto em casa, quanto fora.

 

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