O Gabarito #12: gol de barriga e gol de Caniggia
Em semana dos 50 anos do tri, jogadas da Copa de 1990 e do Carioca de 1995 se destacam.

O futebol, como conhecemos hoje, tem mais de 170 anos. O esporte, como um todo, é muito mais antigo que isso. Diversas modalidades são praticadas de forma organizada há mais de 200 anos, mas a disputa amadora existe há milênios. Portanto, o que não faltam são histórias, fatos e curiosidades que recheiam a memória esportiva pelo mundo. Aqui, a coluna Calendário tenta resgatar algumas dessas lembranças, em especial do futebol brasileiro. Mas o NesF quer mais. Por isso, se você esqueceu daquele jogo histórico ou se apenas quer saber a semana em que foi fundada a Federação Goiana de Futebol, para impressionar seus amigos, veio ao lugar certo. Com muita pesquisa e ajuda de estudiosos do esporte, como Rodolfo Rodrigues, Sílvio Lancelotti e Ferreira da Costa, entre outros, estão elencados abaixo os destaques selecionados para a semana de 21 a 27 de junho de 2020:

21 de junho
50 anos do tri mundial do Brasil: outras efemérides da conquista da seleção no México, em 1970, já foram lembradas aqui; e o NesF promete que é a última. Com o perdão da paixão exacerbada por aquele time, mas a data do título não poderia ser esquecida. A Itália chegava embalada da vitória no “jogo do século”, semifinal ante a Alemanha, um 4 a 3 de cinco gols na prorrogação. Mesmo assim, o Brasil voou, em especial no segundo tempo, com três gols em 20 minutos: 4 a 1 e a glória eterna.
22 de junho
40 anos do bi europeu da Alemanha: a Eurocopa de 1980 foi a primeira contestada por oito times, ao invés de apenas quatro, como fora entre 1960 e 1976. O processo qualificatório não difere muito do atual, o torneio final só foi sendo expandido: para 16 seleções em 1996 e para 24 em 2016. Após campanha invicta nas eliminatórias, a ainda Alemanha Ocidental, na época, chegou na terceira final seguida. O time de Rummenigge bateu a Bélgica, 2 a 1. Desde então, só levou a taça mais uma vez.
23 de junho
65 anos de Jean Tigana: recentemente, o mundo parece ter esquecido de Tigana, “todo-campista” muito antes disso ser exaltado. Pilar da França campeã europeia de 1984, ele só perdeu para Platini na Bola de Ouro da revista France Football. Nascido em Mali (na época Sudão Francês) em 1955, é um dos cem maiores jogadores do século XX, para a IFFHS. Como atleta, em Marselha e Bordeaux, levantou taças; e também como técnico de Monaco, Fulham e Beşiktaş. Está sem clube desde 2012.
24 de junho
30 anos do gol de Caniggia: poderiam ser 30 anos da eliminação brasileira na Copa de 1990, afinal Claudio Caniggia marcou mais de 100 gols na carreira, especialmente por Atalanta, Rangers e Boca Juniors, os times que mais defendeu. Mas ao mencionar as palavras “gol de Caniggia”, só um vem à cabeça. O passe de Maradona, o drible sobre Taffarel e a bola na rede. Faltando dez minutos para as oitavas de final acabarem, a Argentina batia o Brasil por 1 a 0, na rota para o vice mundial em 1990.
25 de junho
25 anos do gol de barriga de Renato: como Caniggia, Renato Gaúcho fez um gol marcado em três palavras: “gol de barriga”. O Flu não venceu o estadual por dez anos e, em 1995, na rodada final do octogonal decisivo, encarou o Fla pelo título; só eles tinham chances. Em jogo de quatro expulsões, o Fluminense abre 2 a 0 e permite a igualdade em 8 minutos, na reta final. Empate era rubro-negro. Até que, aos 42’ do segundo tempo, Ailton lança. Renato intercepta com o abdome. Ela entra: 3 a 2.
26 de junho
75 anos da Federação Amapaense de Futebol: apenas cinco estados brasileiros nunca tiveram um clube na elite do futebol no país. Todos estão na região Norte, que tem só sete unidades federativas. Ou seja, da região, só Pará e Amazonas foram representados na Primeira Divisão, sendo que clubes de Rondônia, Roraima, Tocantins e o próprio Amapá sequer chegaram à Segundona. O Amapá vive decadência no futebol após fim do amadorismo, em 1991. Mas a Federação local existe desde 1945.
27 de junho
55 anos de Pablo Bengoechea: o meio-campista, capitão do Peñarol no penta uruguaio seguido de 1993 a 1997, virou até estátua. É um dos maiores jogadores da história do clube. Nascido em 1965, “o professor” deixou sua marca até na Europa, no Sevilla, antes de ser ídolo carbonero. Na seleção, duas taças de Copas América e uma Copa disputada, em 1990. Jogou até 2003 (com mais títulos) e virou técnico, chegando ao seu Peñarol e à seleção peruana. Pré-pandemia, deixou o Alianza Lima.
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