Os altos e baixos da NFC Sul
Lesões, desempenho irregular e recuperações: a divisão mais maluca do momento na NFL.

O esporte é uma atividade de função competitiva, que nos leva a tomar um lado e torcer fervorosamente por uma bandeira, cor ou clube específico durante uma disputa. Se dependesse do coração do torcedor, nosso time ganhava todas sempre, sem chance para qualquer adversário, muito menos para o nosso rival. Mas a verdade é que sem uma boa disputa o esporte fica um tanto vazio. Nós gostamos de duelos equilibrados: o Barcelona de Messi contra o Real Madrid de Cristiano Ronaldo, a discussão entre Pelé e Maradona, o Cleveland Browns e a tentativa de manter um técnico por mais de uma temporada... São inúmeros os embates. Por outro lado, às vezes uma disputa nivelada por baixo acaba deixando as coisas mais imprevisíveis e nervosas. Parece ser o caso, nesta temporada, da Divisão Sul na Conferência Nacional da NFL.
É sempre bom ressaltar que não é algo necessariamente inédito a NFC Sul ser deficitária de qualidade técnica, mas, pelo menos nos últimos 15 anos, quase sempre era possível ver uma equipe despontando das demais. Recentemente vimos o Atlanta Falcons se tornar uma equipe cascuda; antes, o New Orleans Saints já havia cansado de mostrar sua força nos playoffs, até mesmo ganhando um Super Bowl; e, quando um deles vacilava, o Carolina Panthers não deixava barato. Só o Tampa Bay Bucanneers que, apesar de seu breve momento de glória, lembra um filme bom de Michael Bay: foi tão inesperado que ninguém se importa muito.
O cenário da temporada 2019/20, porém, só traz dúvidas. As equipes não estão necessariamente horríveis, mas as adversidades acontecidas até aqui, com a NFL iniciando apenas a quinta rodada, deixam a divisão completamente louca.

A equipe que menos sofreu adversidades, não só neste ano, mas nos últimos em geral, tenha sido os Falcons. Após a histórica amarelada no Super Bowl contra os Patriots, o time parece ter se tornado apenas uma sombra do que já foi. Talvez naquele momento os planetas tenham se alinhado, com exceção de um Tom Brady no meio do caminho. Matt Ryan continua um excelente líder, mas pode ser um daqueles que, depois da aposentadoria, seja lembrado como um baita talento sem título.
Os Saints, por sua vez, sofreram um duro golpe ao perder não apenas seu QB titular, mas também o maior ídolo de sua torcida, Drew Brees. O camisa 9 saiu machucado ainda na segunda rodada, dando espaço para Teddy Bridgwater. A equipe perdeu diante de um forte Los Angeles Rams, mas quando Bridgewater começa de titular, o time está invicto. É preciso destacar, claro, que a vitória mais recente, em cima do Dallas Cowboys, não teve absolutamente nenhum touchdown, o que diz muito sobre este ataque, mas também sobre o momento da defesa de Nova Orleães.
Quem também perdeu seu passador titular foi o Carolina Panthers, que segue sem saber quando Cam Newton volta aos gramados. Kyle Allen assumiu a posição e vem agradando. Em um cenário mais competitivo, o time da Carolina do Norte certamente nem sonharia com playoffs. Porém, está aí a emoção de uma divisão como a NFC Sul de 2019. Sonhar está mais do que liberado.
Finalmente, os Buccaneers... Uma equipe que não passou por mudanças significativas de panorama, mas está vendo uma reviravolta acontecer com seu principal jogador. Algo parece ter despertado dentro de Jameis Winston. Chegando ao quarto ano de carreira e prestes a ser considerado uma eterna promessa, o atleta vive sua melhor temporada até aqui, com notas sempre acima de 100 no sistema de avaliação da NFL para QBs.
Neste ano de NFL, a NFC Sul pode não ser a mais vistosa, mas certamente vai ser uma das divisões mais legais de acompanhar.
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